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Série: Memória e Infância

Memória e Infância
 

A Série “ Memória e infância” é a primeira fase da pesquisa sobre reescrita da memória e ressignificação do esquecimento. Nessa fase a pesquisa se volta para a reconstrução de memórias afetivas de sua infância, criando cenas fictícias baseadas em fotos documentais de domínio público. Nessa pesquisa a criação de cenas fictícias serve ao artista como a possibilidade de reescrever a própria infância, criando um território imagético que o afaste da violência e opressão que viveu quando criança. A reescrita da memória é um caminho que direciona os trabalhos desta série, a rememoração e a escrita são formas de reconstruir as lembranças, curando os traumas e estruturando o poder de contar a própria história. 

 

Segundo o artista: 



“Nesse trabalho eu faço um resgate de memórias e cartas autobiográficas de minha trajetória pessoal transformando-os  em documentos de memória social e de esperança. Os textos datilografados sobre os papéis constroem uma trama de letras e palavras que na medida em que se perdem na imensidão de milhares de caracteres, revelam a imagem formada por milhares de letras, os dizeres: "memória, palavra, esquecimento" se repetem no corpo do texto imagético.   Somos feitos daquilo que lembramos e moldados pelo o que esquecemos? De que forma o resgate da memória possui papel construtor em nossas narrativas? O esquecimento e a lembrança fazem parte de um corpo responsável pela construção e reconstrução da nossa identidade, rememorar é construir o passado com as lentes do agora e cultivar o futuro com as sementes da memória. As cartas que escrevo e envio ao passado me fazem entender o futuro que estamos "reconstruindo".”

Reconstruir não é esquecer, é lembrar. 
Um menino lê um livro sobre os escombros de uma biblioteca destruída em um bombardeio. Em meio às ruínas da guerra encontra-se o poder de um livro, germina ali uma esperança apesar da destruição ao seu redor. Nesta obra há um resgate de memórias e cartas autobiográficas de Hal Wildson. Os textos, datilografados sobre os papéis, constroem uma trama de letras e palavras que na medida em que se perdem na imensidão de milhares de caracteres, revelam a imagem.  Somos feitos daquilo que lembramos e moldados pelo que esquecemos? As cartas que escrevo e envio ao passado me fazem entender o futuro que estamos "reconstruindo".

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