Hal
Wildson
Hal Wildson - Artista Multimídia, Poeta :
“Meu trabalho investiga o campo da memória e do esquecimento como ferramentas de construção e reconstrução de narrativas coletivas e individuais, através de pesquisas no campo físico e digital busco imagens, textos e símbolos nacionais, numa investigação sobre o poder do simbólico como coluna que alicerça nossa existência. A forma técnica como documentamos e forjamos a realidade também complementa meu corpo de pesquisa, cartas, livros, máquina de escrever e fotografia levam minha arte a um lugar de confronto entre o passado e o presente. O que o meu RG no bolso tem a dizer sobre mim? É por meio desse acúmulo de documentos e memórias que damos contorno à nossa forma de existir no mundo e à nossa ideia de identidade, por outro lado, essas memórias também fazem parte de uma realidade moldada pela ficção e por projetos de poder e apagamento, pois estamos o tempo todo inventando um realidade de nós mesmos e lidando com uma história oficial distorcida pelo olhar do opressor.
Foto: Rebecca Alves, Direitos revervados Jornal "O Globo "
Artista multimídia e poeta, nascido em 1991 no vale do Araguaia (Barra do Garças/MT - Aragarças/GO), região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso, conhecida rota e portal da Amazônia Legal, lugar determinante para entender a essência e as motivações de seu trabalho.
Sua pesquisa emerge de sua vivência no sertão do centro-oeste, marcado pela configuração de sua família mestiça e marginalizada, o artista investiga a construção do Brasil confrontando os projetos de identidade, memória e esquecimento que sustentam a história oficial, na medida em que busca respostas sobre a própria origem.
Nascido em uma estrutura familiar moldada pela violência e o abandono, a história e o trabalho do artista se misturam denunciando temas de um brasil "esquecido" fruto do coronelismo e do garimpo às margens do Rio Araguaia, ao tentar fugir da sina da "niguentude" descobre um projeto de "Brasil"sustentado pela violência do esquecimento.
“A lei do esquecimento forjou o país que conhecemos. Toda memória é um campo de batalha e um canteiro de obras...Sob sua força se Destrói o mundo que inventamos ou se Constrói o mundo que queremos."
Hal Wildson, 2020
Desdobrando-se sobre o conceito de memória-esquecimento, identidade e a “escrita-reescrita”da história o artista se apropria de processos de documentação que foram utilizados nas últimas décadas (como a datilografia, datilograma, carteiras de identidades, carimbos) materiais e processos técnicos utilizados para documentar o oficial e portanto capazes de registrar a história do país e marcar a individualidade. Em sua pesquisa Hal Wildson se utiliza desses recursos de documentação para questionar os projetos de “memória e esquecimento” aplicados como políticas de controle social, seu trabalho ousa confrontar e disputar o poder do simbólico como alternativa de criar realidades mais justas.
O que nossa carteira de identidade tem a dizer sobre nós? Qual o projeto de país simbolizado em uma Bandeira? O que nos determina como povo e como esses documentos são capazes de forjar nossa forma de existir e atuar no mundo?
Investigando documentos, objetos e símbolos nacionais a sua pesquisa se estrutura em dois pilares, de um lado a Ninguentude (neologismo derivado do conceito de ninguendade de Darcy Ribeiro : "o primeiro brasileiro nasce sendo ninguém um indivíduo sem pai, sem mãe, em uma terra em formaçao, um novo lugar, um novo povo se formando… cheio de contradições, violências, abismos" nesse ponto a história do Brasil e a trajetória pessoal do artista se assemelham simbolicamente. Para Hal Wildson, nessa busca se tornar-se alguém nasce a identidade ou o que entendemos dela : Ninguentude - Identidade / Memória - Esquecimento
"Sou instigado por coleções documentais, técnicas escritas e materiais de documentação, pois acredito que os documentos são objetos que permitem a criação de narrativas simbólicas da memória, na esfera pessoal, criando ficções sobre a própria existência e em larga escala na fabricação da história de uma nação, uma vez que cada memória carrega consigo o peso do esquecimento - o que estamos esquecendo de contar?”
MINI BIO
Artista multimídia e poeta, nascido em 1991 no vale do Araguaia (Barra do Garças/MT - Aragarças/GO), região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso, conhecida rota e portal da Amazônia Legal, lugar determinante para entender a essência e as motivações de seu trabalho. Sua pesquisa emerge de sua vivência no sertão do centro-oeste, marcado pela configuração de sua família mestiça e marginalizada, o artista investiga a construção do Brasil confrontando os projetos de identidade, memória e esquecimento que sustentam a história oficial, na medida em que busca respostas sobre a própria origem. Nascido em uma estrutura familiar moldada pela violência e o abandono, a história e o trabalho do artista se misturam denunciando temas de um brasil "esquecido" fruto do coronelismo e do garimpo às margens do Rio Araguaia, ao tentar fugir da sina da "niguentude" descobre um projeto de "Brasil"sustentado pela violência do esquecimento.
Desdobrando-se sobre o conceito de memória-esquecimento, identidade e a “escrita-reescrita” da história o artista se apropria de objetos simbólicos oficiais e de processos de documentação que foram utilizados nas últimas décadas (como a datilografia, datilograma, carteiras de identidades, carimbos) materiais e processos técnicos utilizados para documentar o oficial e portanto capazes de forjar a mitologia e a história de um país e marcar a individualidade. Em sua pesquisa multidisciplinar, transitando entre a pintura datilográfica, a infogravura, instalaçao, video-arte e a criação de objetos, Hal Wildson se utiliza dos recursos de documentação do oficial para questionar os projetos de “memória e esquecimento” aplicados como políticas de controle social, seu trabalho ousa confrontar e disputar o poder do simbólico como alternativa de criar realidades mais justas.
Educação
2010 - 2013
Cursou Letras Literatura, UFMT - Barra do Garças, MT
Prêmios e Salões
2023
2022
2019
Vencedor do Prêmio BREEZE ( Exposição Individual em Londres). O Prêmio é uma iniciativa liderada pela Embassy of Brazil in London em parceria com a ABACT e Latitude - Plataforma para Galerias de Arte Brasileiras no Exterior.
Artista Indicado ao Prêmio PIPA, ano 15.
Salão Anapolino 27º Edição (Artista Premiado com Exposição Individual com Curadoria de Paulo Herkenhoff)
Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, Goiás, Brasil.
Salão Nacional Arte Pará 40 Edição ( Artista Premiado, selecionado para o programa de Residência Artística do Instituto Inclusartiz)
SESI Arte e Criatividade (Goiás) Artista Premiado/ Categoria Arte sobre papel
Obras em Coleções/ Acervo
2024
Coleção Museu Nacional de Belas Artes
Coleção Instituto PIPA
Coleção Paulo Herkenhoff
Coleção Frances Reynolds
Coleção Amazoniana
Exposições
Exposição Individual
2024
2022
RE-UTOPYA - Sala Brasil / Embazy of Brazil - London, UK
RE-UTOPYA - Galeria Movimento - Rio de Janeiro, Brasil
2019
Casa Colagem - Centro Cultural Octo Marques - Goiânia, GO
Exposição Coletiva
2023
Brasília - A Arte do Planalto (Curadoria de Paulo Herkenhoff) , Museu Nacional da República - Brasília/ DF, Brasil.
"O centro é o oeste insurgente" (Curadoria Divino Sobral e Lilia Moritz Schwarcz)
Centro cultural Cerrado,- Brasília / DF, Brasil.
El Otro Imaginario (Curadoria Charlene Cabral e Diego groisman) , Instituto Guimarães Rosa - Cidade do México, México.
Bienal de Lucca, Cartasia- LUBICCA - Lucca, Itália
Brasília, a arte da Democracia, FGV (Curadoria de Paulo Herkenhoff) - Rio de Janeiro/ RJ, Brasil.
Salão Anapolino 27º Edição, Centro Cultural UFG - Goiânia/ Goiás, Brasil
Bienal das Amazônias (Obras públicas) Forte do presépio - Belém , PA/ Brasil
Salão Anapolino 27º Edição, Galeria Antônio Sibasolly - Anápolis/ Goiás, Brasil
“Whispers of the South” (Curadoria Lucas Albuquerque), LAMB Gallery - London/ UK
BIENAL DAS AMAZÔNIAS (Curadoria de Keyna Eleison, Vânia leal, Sandra Benites e Flavya mutran ) - Belém , PA/ Brasil
Abrir Horizontes - Centro Cultural Octo Marques - Goiânia, Brasil
(Curadoria de Dalton Paula, Divino Sobral e Paulo Duarte-Feitoza)
ALARME-FLUIDEZ-SONHO Mostra de Arte e Emergência Climática - São Sebastião, SP /Brasil
2024
2022
2021
Arte Pará 40 Edição - Belém, Brasil (Curadoria Geral Paulo Herkenhoff)
Dias Melhores, Verão - Galeria Movimento- Rio de Janeiro, Brasil
Passado/Presente - 200 Anos Depois - Centro Cultural PGE - Rio de Janeiro, Brasil
PARADA 7 - Centro Cultural Helio Oiticica - Rio de Janeiro, Brasil
Centro Cultural Justiça Federal - Rio de Janeiro, Brasil
Da Terra à Terra - GAIA (Galeria de Artes do Instituto de Artes/UNICAMP), Campinas, Brasil
Morte e independência. De quem? - UERJ - Rio de janeiro , Brasil
Riscos, Brechas e Horizontes - Galeria Movimento - Rio de Janeiro, Brasil
Das espumas querer salvar uma ruína - Galeria Movimento - Rio de Janeiro, Brasil
Arte Core - MAM - Rio de Janeiro, Brasil
Arte Core - Casa Natura Musical - São Paulo, Brasil
2018
Re- Existência - Exposição Coletiva, Media Lab UFG - Goiânia, Brasil
2017
Identidade Urbana - Olhares individuais - Goiânia, Brasil
2016
Colagem Coletiva - SESI - Goiânia, Brasil
2014
Arte e Literatura - Terra Habitada (Selecionado por Edital) Sesc GO - Goiânia, GO
Pedaços da pós-modernidade - Sesc MA - São Luís, MA
Projetos Especiais
2023
O Artista foi Convidado para Desfilar com a Escola de Samba Beija-Flor.
A Bandeira "Re-Utopya" abre o cortejo "Futuro Ancestral" finalizando o Desfile : "Brava Gente! O grito dos excluídos no Bicentenário da Independência".
Especial Documentário "Mães do Brasi 2", Realização TV GLOBO, CUFFA , Kondzilla, com a Série "República da Desigualdade"
O Artista é finalista do Concurso da nova Bandeira do MAR ( Comemoração de 10 anos do Museu). O Bandeira Re-Utopya foi selecionada pela curadoria do Museu e ficou em segundo lugar na Votação Popular.
2022
Ateliê Aberto - SESC Paulista "Projetos de Memória e Esquecimento: Reescrevendo a Utopia Brasileira" - São Paulo , Brasil.
Emissão Postal Comemorativa: Bicentenário da Independência - Movimentos populares (CORREIOS)
2021
Especial Documentário "Mães do Brasil", Realização TV GLOBO, CUFFA , Kondzilla, com a Série "República da Desigualdade" .
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