Hal
Wildson

Hal Wildson - Artista Multimídia, Poeta :
“Meu trabalho investiga o campo da memória e do esquecimento como ferramentas de construção e reconstrução de narrativas coletivas e individuais, através de pesquisas no campo físico e digital, busco imagens, textos e símbolos nacionais, numa investigação sobre o poder do simbólico como coluna que alicerça nossa existência. A forma técnica como documentamos e forjamos a realidade também complementa meu corpo de pesquisas, cartas, livros, máquina de escrever e fotografia levam minha arte a um lugar de confronto entre o passado e o presente. O que o meu RG no bolso tem a dizer sobre mim? É por meio desse acúmulo de documentos e memórias que damos contorno à nossa forma de existir no mundo e à nossa ideia de identidade, por outro lado, essas memórias também fazem parte de uma realidade moldada pela ficção e por projetos de poder e apagamento, pois estamos o tempo todo inventando um realidade de nós mesmos e lidando com uma história oficial distorcida pelo olhar do opressor.
Foto: Rebecca Alves, Direitos revervados Jornal "O Globo "
"Grande Hal. Uma estrela que aparece no céu da República num momento crucial de nossa democracia a beira do Abismo" Paulo Herkenhoff sobre a exposição Re-Utopya.
Artista multimídia e poeta de origem mestiça, nascido em 1991 no vale do Araguaia , região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso, lugar determinante para entender a essência e as motivações de seu trabalho. Sua pesquisa emerge de sua vivência no sertão do centro-oeste dialogando com questões sociopolíticas que sustentam esse Brasil profundo (ainda desconhecido para muitos de nós). Nascido em uma estrutura familiar moldada pela violência e o abandono, a história e o trabalho do artista se misturam denunciando temas de um brasil "esquecido" fruto do corolonelismo e do garimpo às margens do Rio Araguaia.
Desdobrando-se sobre o conceito de memória-esquecimento, identidade e a “escrita-reescrita”da história o artista se apropria de processos de documentação que foram utilizados nas últimas décadas (como a datilografia, datilograma, carteiras de identidades, carimbos) materiais e processos técnicos utilizados para documentar o oficial e portanto capazes de registrar a história do país e marcar a individualidade. Em sua pesquisa Hal Wildson se utiliza desses recursos de documentação para questionar os projetos de “memória e esquecimento” aplicados como políticas de controle social, seu trabalho ousa confrontar e disputar o poder do simbólico como alternativa de criar realidades mais justas.
O que nossa carteira de identidade tem a dizer sobre nós? Qual o projeto de país simbolizado em uma Bandeira? O que nos determina como povo e como esses documentos são capazes de forjar nossa forma de existir e atuar no mundo?
Investigando documentos, objetos e símbolos nacionais a sua pesquisa se estrutura em dois pilares, de um lado a Ninguentude (palavra que é um desdobramente do conceito de ninguendade de Darcy Ribeiro : "o primeiro brasileiro nasce sendo ninguém um indivíduo sem pai, sem mãe, em uma terra em formaçao, um novo lugar, um novo povo se formando… cheio de contradições, violências, abismos"" nesse ponto a história do Brasil e a trajetória pessoal do artista se assemelham simbolicamente. Para Hal Wildson, nessa busca se tornar-se alguém nasce a identidade ou o que entendemos dela : Ninguentude - Identidade / Memória - Esquecimento
Mas como é possível deixar de ser ninguém para se transformar em alguém? como acontece o processo da criação de uma identidade? como o esquecimento também é capaz de criar uma memória identitária?
Hal escreve: "A nossa história está sendo escrita todos os dias, a memória é um lugar de disputa, não é sobre disputar o passado e por isso mudá-lo, e sim sobre olhar para esse passado com os olhos de agora projetando um futuro. É a nossa visão atual que nos faz reescrever , reinterpretar o nosso passado histórico. Eu acredito que o povo Brasileiro ainda foge da Ninguentude na Busca de se tornar alguém… povo sem memória é povo sem alma! E na busca de ser alguém o que estamos nos tornando? Qual o Brasil que nossa geração está escrevendo para o Futuro?"

Sou instigado por coleções documentais, técnicas escritas e materiais de documentação, pois acredito que os documentos são objetos que permitem a criação de narrativas simbólicas da memória, na esfera pessoal, criando ficções sobre a própria existência e em larga escala na fabricação da história de uma nação, uma vez que cada memória carrega consigo o peso do esquecimento - o que estamos esquecendo de contar?”

MINI BIO
Artista multimídia e poeta, nascido em 1991 no vale do Araguaia , região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso, lugar determinante para entender a essência e as motivações de seu trabalho. Sua pesquisa emerge de sua vivência no sertão do centro-oeste, marcado pela configuração de sua família mestiça e marginalizada, o artista investiga a construção do Brasil confrontando os projetos de identidade, memória e esquecimento que sustentam a história oficial, na medida em que busca resposta sobre a própria origem. Nascido em uma estrutura familiar moldada pela violência e o abandono, a história e o trabalho do artista se misturam denunciando temas de um brasil "esquecido" fruto do coronelismo e do garimpo às margens do Rio Araguaia.
Desdobrando-se sobre o conceito de memória-esquecimento, identidade e a “escrita-reescrita” da história o artista se apropria de objetos simbólicos oficiais e de processos de documentação que foram utilizados nas últimas décadas (como a datilografia, datilograma, carteiras de identidades, carimbos) materiais e processos técnicos utilizados para documentar o oficial e portanto capazes de forjar a mitologia e a história de um país e marcar a individualidade. Em sua pesquisa multidisciplinar, transitando entre a pintura datilográfica, a infogravura, instalaçao, video-arte e a criação de objetos, Hal Wildson se utiliza dos recursos de documentação do oficial para questionar os projetos de “memória e esquecimento” aplicados como políticas de controle social, seu trabalho ousa confrontar e disputar o poder do simbólico como alternativa de criar realidades mais justas.
Educação
2010 - 2013
Cursou Letras Literatura, UFMT - Barra do Garças, MT
Prêmios e Salões
2022
2019
Salão Nacional Arte Pará 40 Edição ( Artista selecionado para o programa de Residência Artística do Instituto Inclusartiz)
SESI Arte e Criatividade (Goiás) Categoria Arte sobre papel - Primeiro Lugar com a Obra “Em meio às
ruínas a reconstrução”
Obras em Coleções/ Acervo
Coleção Museu Nacional de Belas Artes
Coleção Paulo Herkenhoff
Coleção Frances Reynolds
Coleção Amazoniana
Exposições
Exposição Individual
2022
RE-UTOPYA - Galeria Movimento - Rio de Janeiro, Brasil
2019
Casa Colagem - Centro Cultural Octo Marques - Goiânia, GO
Exposição Coletiva
2023
BIENAL DAS AMAZÔNIAS (Curadoria de Keyna Eleison, Vânia leal, Sandra Benites e Flavya mutran ) - Belém , PA/ Brasil
Abrir Horizontes - Centro Cultural Octo Marques - Goiânia, Brasil
(Curadoria de Dalton Paula, Divino Sobral e Paulo Duarte-Feitoza)
ALARME-FLUIDEZ-SONHO Mostra de Arte e Emergência Climática - São Sebastião, SP /Brasil
2022
2021
Arte Pará 40 Edição - Belém, Brasil (Curadoria Geral Paulo Herkenhoff)
Dias Melhores, Verão - Galeria Movimento- Rio de Janeiro, Brasil
Passado/Presente - 200 Anos Depois - Centro Cultural PGE - Rio de Janeiro, Brasil
PARADA 7 - Centro Cultural Helio Oiticica - Rio de Janeiro, Brasil
Centro Cultural Justiça Federal - Rio de Janeiro, Brasil
Da Terra à Terra - GAIA (Galeria de Artes do Instituto de Artes/UNICAMP), Campinas, Brasil
Morte e independência. De quem? - UERJ - Rio de janeiro , Brasil
Riscos, Brechas e Horizontes - Galeria Movimento - Rio de Janeiro, Brasil
Das espumas querer salvar uma ruína - Galeria Movimento - Rio de Janeiro, Brasil
Arte Core - MAM - Rio de Janeiro, Brasil
Arte Core - Casa Natura Musical - São Paulo, Brasil
2018
Re- Existência - Exposição Coletiva, Media Lab UFG - Goiânia, Brasil
2017
Identidade Urbana - Olhares individuais - Goiânia, Brasil
2016
Colagem Coletiva - SESI - Goiânia, Brasil
2014
Arte e Literatura - Terra Habitada (Selecionado por Edital) Sesc GO - Goiânia, GO
Pedaços da pós-modernidade - Sesc MA - São Luís, MA
Projetos Especiais
2023
O Artista foi Convidado para Desfilar com a Escola de Samba Beija-Flor.
A Bandeira "Re-Utopya" abre o cortejo "Futuro Ancestral" finalizando o Desfile : "Brava Gente! O grito dos excluídos no Bicentenário da Independência".
Especial Documentário "Mães do Brasi 2", Realização TV GLOBO, CUFFA , Kondzilla, com a Série "República da Desigualdade"
O Artista é finalista do Concurso da nova Bandeira do MAR ( Comemoração de 10 anos do Museu). O Bandeira Re-Utopya foi selecionada pela curadoria do Museu e ficou em segundo lugar na Votação Popular.
2022
Ateliê Aberto - SESC Paulista "Projetos de Memória e Esquecimento: Reescrevendo a Utopia Brasileira" - São Paulo , Brasil.
Emissão Postal Comemorativa: Bicentenário da Independência - Movimentos populares (CORREIOS)
2021
Especial Documentário "Mães do Brasil", Realização TV GLOBO, CUFFA , Kondzilla, com a Série "República da Desigualdade" .
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